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Os estádios da Terrinha

José Alvalade

Como amante de futebol, não posso ir a um lugar sem conhecer pelo menos um estádio. Pois nesta viagem conhecemos logo quatro!

O primeiro foi o do Sporting, em Lisboa. Fomos assistir a um jogo da Champions League – Sporting x Olympiacos, da Grécia, no estádio José Alvalade. Os times já não tinham muita chance de ir para a próxima fase, mas valia o clima.

Escutar aquele hino da Champions ao vivo não tem preço! É muita emoção!!

A torcida do Sporting é um espetáculo à parte. O show começa bem antes do time entrar em campo. Eles cantam várias canções, uma delas uma versão de “My Way”, do Frank Sinatra. As luzes do estádio diminuem e todos acendem a tela de seus celulares. Emocionante!

A escalação do time é dada como se estivéssemos num programa de auditório. O locutor fala o nome do jogador e a torcida grita seu sobrenome.

Isso acontece toda vez que o time da casa faz gol. É a torcida que atualiza o placar do jogo. Muito interessante!

Como sou botafoguense, tive uma grande simpatia pelo Sporting, que é uma espécie de Botafogo de Portugal. Acho que torceria por ele se morasse lá.

Estádio da Luz

Já o Benfica é o Flamengo. Time mais popular, com maior torcida, gente do povo. Mas, diferentemente do rubro-negro carioca, tem estádio (desculpe a brincadeira! Rs) - o Estádio da Luz. Em dia de jogo, é a águia – mascote do clube – que dá o pontapé inicial. Ela sobrevoa o gramado, para delírio da torcida benfiquista, e pousa no meio do campo.

Fizemos um tour pelo estádio e conhecemos as três águias mantidas lá. A estátua do Eusébio, maior ídolo do futebol português, é outra atração.

Estádio do Dragão

O grande rival do Benfica é o Porto, dono do Estádio do Dragão. Tivemos a sorte de estarmos lá justamente em noite de clássico. Os torcedores do Porto seguem um ritual. As proximidades do estádio ficam lotadas de carros. Sim, as pessoas “abandonam” o veículo ainda na estrada que dá acesso ao Porto.

Como o estádio fica em frente a um shopping, todos dão uma passada lá para lanchar. O prato obrigatório para dia de jogo é a francesinha, um sanduíche enoooorme, apimentado, de 1200 calorias. Leva presunto, linguiça, mortadela, um bife na chapa, queijo, ovo e bastante molho. O nome foi dado por um morador do Porto que viveu na França e achou as francesas muito “quentes”. Depois de observar as belas mulheres, foi para a cozinha e criou essa delícia, facilmente encontrada nos botecos de Portugal.

Bom, voltando ao futebol...quando vai chegando a hora do jogo, os torcedores começam a se encaminhar para o estádio. Todos são revistados. Alexandre teve que jogar fora o carregador de celular dele, é terminantemente proibido.

O pré-jogo é bem parecido com o do Sporting. Os torcedores também cantam muito, mas, como era um clássico, várias canções provocativas faziam parte do repertório. Aliás, bastante provocativas. Como lá não tem esse negócio de torcida única, a do Benfica também comparece à casa do grande rival. Em menor número, claro, mas não menos barulhenta. Eles também cantam bastante o jogo todo.

Não consegui saber o que acontece quando sai um gol, já que o jogo foi 0 a 0. Mas valeu a experiência.

Estádio Municipal de Braga

Depois de conhecer o José Alvalade, o Estádio da Luz e o Estádio do Dragão, chegou a vez de visitar um dos cinco mais inusitados do mundo – o Estádio Municipal de Braga. Agendamos um horário para o tour e ficamos impressionados com a modernidade. Ele foi construído dentro de uma pedreira, e as arquibancadas são sustentadas por fios que ligam uma parte a outra, por cima do gramado. Atrás de um dos gols tem uma grande rocha. É um frio!!!

A guia nos leva até a estrutura interna das arquibancadas, aos vestiários e ao gramado. Uma visita imperdível, principalmente para quem gosta de arquitetura.

Portugal tem mesmo muito em comum com o Brasil. Os quatro ótimos estádios que conhecemos mostram que os nossos colonizadores também dão valor ao futebol.

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