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Pizza, Pisa...Questa è l'italia!

Quando eu e Alexandre planejamos nossas viagens procuramos ir para um país só. Geralmente separamos 15 dias, tempo ideal para curtirmos aquele país. Na nossa visão, pra conhecer um lugar temos que nos sentir parte dele, por isso não dá pra ser corrido.

Claro que, às vezes, queremos ir em muitas cidades num só país. Foi o caso da Itália. Mas fizemos nosso roteiro de forma a aproveitar os lugares ao máximo. Tínhamos em mente que queríamos visitar Roma, Florença e Veneza. Os outros destinos apareceram depois. Eu queria ver o jogo da Juventus pela Champions, com o Cristiano Ronaldo. Alexandre queria conhecer a cidade do Romeu e Julieta (sim, lá em casa é tudo ao contrário...rs). Sendo assim, adaptamos o roteiro para estarmos em Turim no dia do jogo e antes passar por Verona.

Veja como fizemos:

- 1ª parada: Roma. Separamos 3 dias para conhecer a capital italiana;

- 2ª parada: Florença. Chegando de trem, passando 3 noites e separando um dia para um tour pela Toscana (Pisa, San Gimignano e Viena);

- 3ª parada: Veneza. Chegando de trem, passando 2 noites; alugando um carro para seguir viagem;

- 4ª parada: Verona e Milão. Passando um dia em Verona e dormindo em Milão. (Não tínhamos a menor vontade de conhecer Milão, mas a viagem ia ficar cansativa se fôssemos direto para Turim.

- Retorno de Turim para Roma de trem, e mais um dia em Roma até voltar pro Brasil.

A primeira impressão não é a que fica...

Alexandre já tinha ido, mas era minha primeira vez em Roma. Quanta história nesta cidade, minha gente! A gente literalmente tropeça em pedras de milênios atrás.

Mas vamos por partes...chegamos às 7 da manhã (4 no Brasil) e fomos direto para o hotel. O hotel (Contilia) é um capítulo à parte...a portaria era normal, até bonita, exatamente como nas fotos do site.

Mas quando pegamos a chave, um funcionário nos encaminhou para outro lugar, fora de lá, que parecia um galpão. A gente passava por uma porta de ferro, pegava o elevador, que parecia de filme de terror, passava por outra porta tipo um carro-forte e finalmente chegava. O quarto não era tão ruim, mas a maratona para chegar até ele era desanimadora. Tanto que em nenhuma linha dos sites de hospedagem eles citam que os quartos ficam num outro local. Em cada andar o prédio era um nome diferente de hotel. Pelo que vimos, quase todos naquela área, perto do terminal, eram do mesmo estilo.

Deixamos as malas lá e fomos ver o Coliseu por fora. A localização do hotel era boa, fomos andando mesmo. Realmente um colosso por fora! Ali em frente é uma Torre de Babel. Gente de todos os lugares do planeta e centenas de guias oferecendo seus serviços. Agendamos uma visita guiada de 3 horas de duração para o Coliseu e o Fórum Romano para o dia seguinte à tarde.

De lá fomos rodar pela cidade a pé. É assim que a gente descobre coisas que não estão no mapa nem nos roteiros turísticos.

Passamos pelo Palácio Vittorio Emanuele (váaaarias coisas na Itália leva o nome do rei da Sardenha que unificou a Península Itálica num único estado e se tornando seu rei), Piazza Navona, onde tomamos a cerveja mais cara da Itália (20 euros 2 tulipas...), Pantheón (lindo!)...

Claro que não poderíamos deixar de ir na belíssima Fontana de Trevi, onde tirar uma foto é quase impossível por causa da multidão (conseguimos!).

Vocês podem imaginar o cansaço que bateu depois desta maratona, não? Nossa pilha acabou num nível que deitamos na cama e apagamos às 5 da tarde.

Acordamos meia-noite morrendo de fome, já que só tínhamos almoçado (minha primeira refeição foi um spaghetti bem meia-boca, sem gosto). Tomamos coragem para sair do quarto "carro-forte" e enfrentar o vento gelado e a rua deserta. Como previsto, tava tudo fechado, exceto os restaurantes indianos, com aquele cheiro forte de gordura e os frangos banhados a óleo do ano passado. Confesso que por um segundo pensei em encarar, mas felizmente o Alexandre me proibiu.

Seguimos procurando até encontrar um indiano "menos pior", que pelo menos vendia pizza. E esta foi minha primeira pizza na Itália...

Voltamos pro hotel, de barriga cheia, pelo menos, e - acreditem - dormimos novamente, desta vez até 8 da manhã.

Surpresas e muito amor em Roma

Dia 2

Acordamos novinhos em folha, e partimos pro Vaticano. Fomos informados de que o Papa Francisco faria uma aparição esta manhã. Quando chegamos, descobrimos que ele apareceria na janela ao meio-dia. Decidimos então entrar na Basílica de São Pedro, para conhecer e fazer hora.

Assim que sentamos, começou uma missa, e qual não foi nossa surpresa ao ver que o próprio Papa, de carne e osso, a celebraria! Que bênção! Assistimos até o final, comunguei, e saímos para esperar a aparição na janela.

Àquela altura a praça já estava tomada por uma multidão, que por sinal não conseguiu entrar a tempo da missa. A imagem que eu me acostumei a ver pela TV estava bem ali na minha frente! Emocionante...

Saímos correndo pro Coliseu, pois nossa visita já ia começar. Pegamos o metrô, comemos uma pizza pelo caminho (esta sim deliciosa) e chegamos on time!

A visita começa no Fórum Romano. Muito louco olhar todas aquelas pedras e imaginar o que eram - templos, lojas, mercados. A guia contava tudo em espanhol.

Depois, entramos no Coliseu. Impressionante ver o que sobrou de milênios atrás. Mas a energia é um pouco carregada, afinal morreu muita gente ali e muitos animais também. Quando ele foi inaugurado, fizeram uma festa que durou 100 dias e matou 5 mil animais. Absurdo total!

Saímos de lá às 4 da tarde famintos e cansados (o trajeto é longo). Finalmente sentamos numa trattoria para almoçar. Demos uma descansada no hotel e voltamos à Fontana de Trevi para admirá-la à noite e tomar um gelato na noite gelada de Roma. Que romântico!!

Lendas e chuva

Dia 3

O tempo amanheceu chuvoso. Depois de estudarmos o mapa (sempre fazemos isso na véspera para planejar o itinerário do dia seguinte), pegamos o metrô até a Pirâmide, só pra ver qual era.

Vimos e seguimos em direção ao Circo Mássimo, lugar que, milênios atrás, era pálio de corridas de biga, tipo do filme Ben-Hur. Não sobrou praticamente nada, é apenas um espaço grande e vazio.

Depois fomos conhecer a famosa "Boca Vérita", a Boca da Verdade. Reza a lenda que, se a pessoa colocasse a mão na bocarra e ela fosse mordida é porque estava mentindo. Os maridos levavam as esposas até lá para saber se eram traídos. Na verdade, o buraco nada mais era do que o tampão de um esgoto, e, portanto, eram os ratinhos que mordiam os dedinhos (eca!). E não é que a fila tava grande? Uma excursão de japas (pra variar) estava doida pra tirar fotos com a mão na boca. Nós também, claro! Bem idiota, mas legal. Até comprei um souvenir.

Caminhamos debaixo de chuva até o Teatro Marcello, que é bem parecido com o Coliseu. É o teatro mais antigo de Roma.

De lá, passamos pelo bairro judeu, onde descobrimos uma biblioteca maravilhosa, pelo Campo de Fiori, onde acontece uma feira de alimentos, e atravessamos o rio Teveri para almoçar.

Fomos numa cantina muito boa! Depois andamos mais alguns quilômetros, a chuva aumentou, mas continuamos nossa jornada, passando pela rua mais chique de Roma, a Via Condoti.

À noite comemos uma pizza muito boa na Piazza del Popolo, uma das maiores da cidade. Durante vários séculos, a praça serviu de palco para execuções.

Tivoli parque da Itália

Dia 4

Como já tínhamos visto tudo o que queríamos em Roma e estava sobrando um dia, pesquisamos lugares próximos que poderiam ser legais. Escolhemos Tivoli, uma cidadezinha mais antiga até que Roma.

A viagem foi meio cansativa, mas valeu. Conhecemos a Villa D´Est, cheia de chafarizes, cascatas e natureza exuberante. Tiramos muitas fotos, apesar da chuva que teimava em cair.

Almoçamos no centro da cidade - aliás, a melhor massa até então. Depois, voltamos para Roma de trem. Ah, uma dica: sempre validem seus bilhetes! Compramos os nossos, mas não validamos, aí chegou um fiscal e queria nos cobrar uma multa de 100 euros (!!). Graças a Deus ele fez um bom desconto e pagamos 20 euros.

Ciao, Roma! Ciao, Fiorenza!

Dia 5

Pegamos o trem de meio-dia para Florença, ainda debaixo de chuva. Chegamos, deixamos as malas no hotel Ariele (este sim, muito bom!), e saímos para explorar a cidade. Deu pra conhecer bastante coisa e comer superbem.

À noite fomos num barzinho perto da Ponte Vecchio, que é a ponte mais famosa da cidade. Ela corta o rio Arno e é cheia de lojas de jóias, uma determinação de Ferdinando I em 1596, que se incomodava com o mal cheiro dos açougues que ocupavam a ponte. Durante o bombardeio da Segunda Guerra Mundial, foi a única ponte que se manteve de pé em Florença.

Pra quem gosta de arte, Florença é um parque de diversões. Parece um museu a céu aberto, com esculturas dos maiores artistas da história.

Dia 6

Seguimos nossas andanças pela cidade. Fomos no Parque Bobolino, onde só os bobos pagam 6 euros para entrar (nós somos 2 deles...) e ver árvores. Nem perca seu tempo, é um parque normal, sem nenhum atrativo e caro.

Depois pegamos um ônibus até o Mirante de Michelângelo, que é lindo. Dá pra ver a cidade toda de cima. Tem gente que sobe a pé, mas se você não é atleta não recomendo, vai se cansar à toa.

Descemos (aí sim dá pra ir a pé, pois todo santo ajuda...) e paramos para almoçar uma bisteca muuuuuuito boa!!!

Depois de uma descansadinha no hotel fomos conhecer o Mercado Central. Super recomendo!!! É um lugar animado, cheio de restaurantes de chefs. Comi a melhor pizza da Itália e o melhor canoli da vida.

No próximo post conto mais sobre a viagem. Passamos um dia nas estradas românticas da região da Toscana e conhecemos três cidadezinhas incríveis. Vou falar do melhor sorvete de mundo e outras delícias. Até lá!

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